fevereiro 07, 2011

Sinopse


A história foi inspirada na fábula de La Fontaine.
Ilustração: Fabianna Strumiello
Havia uma jovem Cigarra que tinha o costume de cantar próximo a um formigueiro. Só parava quando se cansava. Seu maior divertimento era observar as formigas trabalharem na eterna faina de abastecer suas casas com alimentos para os tempos difíceis.
O bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Era o inverno que se apro­ximava. Todos os animais da floresta, arrepiados de frio, foram para suas casas e passavam o dia inteiro cochilando em suas tocas. A pobre cigarra, por não ter traba­lhado na primavera e no verão, ficou sem abrigo em seu galhinho seco, e ao se ver em grandes apuros, resolveu pedir socorro a alguém.
Mancando e arrastando suas asas de tanta fome e frio, se dirigiu até o formigueiro para pedir ajuda. Bateu na porta: tique,tique,tique... Então, apareceu uma formiga friorenta em­brulhada num xalinho de paina: _ O que você quer? – perguntou examinando a triste cigarra que mais parecia uma mendiga suja de lama e a tossir.
A Cigarra respondeu: _Venho à procura de comida e de agasalho. O mau tempo não cessa e eu estou com muito frio, precisando de ajuda. Será que você poderia me socorrer senhora Formiga? – perguntou a Cigarra.
A Formiga olhou-a de alto a baixo e disse: _ O que você ficou fazendo durante o bom tempo que passou que não construiu sua própria casa com fartura em alimentos para atravessar o mau tempo do inverno?
A pobre Cigarra tremendo de frio, respondeu depois de um acesso de tosse. – Eu fiquei cantando, cantando e apenas me divertindo por aí... Você bem sabe senhora Formiga.
_ Ah!...Exclamou a Formiga recordando-se. Era você então que cantava nesta árvore enquanto nós labutávamos o dia inteiro para encher nossas casas de alimentos e alimentar a nossa família?
_Isso mesmo , era eu... – respondeu a triste Cigarra, trêmula de tanto frio. Sei que falhei, que em nada trabalhei, que em todo o meu tempo apenas cantei... Mas aprendi uma lição, que o trabalho é uma precisão e que isso não deixarei acontecer mais não!
_ Pois que assim seja. Respondeu a formiga, _ Entre minha amiguinha! Nunca, em nenhum momento esquecemos as boas horas que sua cantoria nos proporcionou.
Aquele chiado nos distraía e nos aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: _ Que felicidade termos como vizinha tão gentil cantora! Entre amiga, que aqui terá casa e mesa du­rante todo o mau tempo.
A Cigarra entrou, foi alimentada e agasalhada pela amiguinha formiga. Sarou da tosse e quando o inverno passou, voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.
A fábula mundialmente famosa A Cigarra e a Formiga ganha, assim, um final afina­do com os anseios pacificadores em que as personagens se entendem e continuam com suas vidas em harmonia com a outra. Uma história que ecoa a idéia da cultura de Paz, a qual já é amplamente disseminada nas artes e nos mais variados meios do conhecimento.

Um comentário:

  1. A fábula mundialmente famosa A Cigarra e a Formiga ganha um final afina­do com os anseios pacificadores em que as personagens se entendem e continuam com suas vidas em harmonia com a outra. Uma história que ecoa a idéia da cultura de Paz, a qual já é amplamente disseminada nas artes e nos mais variados meios do conhecimento.

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