fevereiro 07, 2011

A Companhia de Artes VagaLume

com o

Projeto de Teatro

Núcleo Pirilimpimpim


apresenta:



Ilustração: Fabianna Strumiello

O Universo Mágico da Cigarra

e da Formiga


 Direção: Luiz Carlos Félix







Breve história da Companhia de Artes VagaLume 

A Companhia de Teatro VagaLume iniciou seus trabalhos em 2007. Seu fundador, o diretor Luiz Carlos Félix, após ter participado como ator no processo de pesquisa e montagem do espetáculo OS SERTõES, no Teatro Oficina entre 2001 e 2007, ini­ciou em dezembro deste mesmo ano a pesquisa de dois textos de Clarice Lispector: A Paixão Segundo G.H. e Água Viva, o que resultou na montagem do espetáculo Clarices, com apresentação única no Teatro subterrâneo do Masp.
Nos dois últimos anos, a Companhia passou por um processo de amadurecimento, o qual foi focado na pesquisa. Neste período promoveu encontros com artistas e profissionais ligados ao cinema, música, literatura, dança, psicanálise, psicologia, política, poesia e filosofia. Produziu projetos de pesquisas direcionados a experiência e ao conhecimento destas atividades.
Em 2010, a Companhia VagaLume em parceria com a Editora Globo e o Governo do Estado de São,  retomou seu processo criativo com o espetáculo O Universo Mágico da Cigarra e da Formiga, através do núcleo Pirilimpimpim, encerrando a homenagem feita a Monteiro Lobato, no Espaço de Leitura para ler, no Parque da Água Branca, em São Paulo. Assim, começamos a reescrever as primeiras linhas de nossa própria história, na união da intimida­de de nossos sonhos e fantasias.
Nesta nova fase, a Companhia de Teatro VagaLume procurou se desenvolver entre o conhecimento teórico e a experiência. Através de pesquisas e de montagens, desejamos uma transformação em nossa realidade singular. Os sonhos e a esperança, em uma proposta concreta, traduzidos em trabalhos teatrais, para que o ser humano não perca seu senso de humanidade, para que continue maravilhado não apenas por saber que a terra é um organismo vivo e azul, mas por constatar que a compreensão íntima de que todos nós fazemos parte do mesmo universo que exige a solidariedade, a fraternidade, a ajuda mútua e nos pede um entendimento de um caminho melhor, o qual inevitavelmente implica na construção de laços de afeto, ami­zade e amor.
A Companhia sabe que sua proposta filosófica e artística de encontrar um lugar onde possa dialogar sobre os valores e virtudes morais apresentados ao longo deste projeto, é apenas uma semente. Ficaremos satisfeitos se houver um desenvolvimento germinativo da filosofia que começamos a plantar hoje no espaço e no tempo. Se uma só germinar, nossos esforços não foram em vão.



Proposta





A Companhia de Teatro VagaLume, se propõe a promover um encontro lúdico com crianças através do teatro de bonecos em: O Universo Mágico da Cigarra e da Formiga.
Transformamos a conhecida fábula A Cigarra e a Formiga em um texto para o teatro infantil.
A proposta é apresentarmos esta peça e promovermos brincadeiras e atividades através do teatro e dos bonecos utilizados nas cenas. Com o objetivo de estimular o desenvolvimento das crianças e propiciar o início de uma reflexão, consideramos que as narrativas fantasiosas ao fazer parte do mundo infantil no meio escolar, colaboram para somar valor à criança, ajudando-a a explorar suas potencialidades cognitivas e expressivas. As crianças também serão instigadas a se posicionarem diante dos fatos expostos pela história da fábula. Contextualiza-se assim a fábula à vida humana.
O espetáculo é permeado por músicas. Escolheu-se esta proposta, pois a música é lúdica e através dela também é possível compreender conteúdos pedagógicos relacionados à ética e a formação da criança como cidadã, colaborando assim para o desenvolvimento emocional.
Portanto, propomos um fazer-ser no brincar. A interação entre os bonecos e as músicas tocadas ao vivo propiciará uma vivência única aos pequenos.
O objetivo da Companhia é através do teatro e de sua forte expressão comu­nicativa, proporcionar às crianças um espaço lúdico-reflexivo. Consideramos que a criança vivência uma fase a qual as brincadeiras e o espaço lúdico são essenciais. Situadas em seu contexto as crianças se familiarizarão com virtudes e valores morais encontrados na fábula A Cigarra e a Formiga.



O Teatro e a Educação


O teatro é uma forma de arte que se constituiu ao longo da história refletindo a organização das sociedades e à constituição dos diferentes tipos de sujeito, explici­tando conflitos, ideologias, formas de pensar e sentir, costumes, hábitos, mitologias. Em resumo, pode ser definido como o local da representação da condição humana.
Um dos objetivos fundamentais na constituição da criança é a construção de significados para a vida que pulsa ao seu redor e dentro dela. O enriquecimento de capacidades interiores, como a imaginação, as emoções e o intelecto proporcionado pelo teatro favorecem este desenvolvimento infantil.  Pensando em uma educação que se preocupa com a formação do sentimento de cidadania e que se organiza para oferecer os meios pelos quais a criança pode se apropriar criativamente da cultura que pulsa ao seu redor o teatro faz-se necessário.
O teatro na Educação permite recuperar o sentimento ancestral de magia e encantamento que a arte apresentou na constituição da noção de humanidade. Deste modo, possibilita que a criança possa vivenciar o mundo que a rodeia com um pro­fundo sentimento renovador e crítico que, a qualquer época, é imprescindível para a evolução do que conhecemos hoje como uma sociedade humana. O Teatro também estimula a criança à expressão de seu eu, a observação dos outros e de si mesma, a comunicação de sentimentos, emoções e até de repressões vivenciadas.







A Criança e o brincar


Até o início do século XVIII, a criança era completamente ignorada pela sociedade. Não havia diferenciação entre os conceitos do adulto e da criança. Foi a partir do século seguinte que se passou a percebê-la como um ser que precisava de cuidados, educação e preparo para a vida futura. Só então o sentimento de infância ganhou consistência e foi reconhecido.
A infância é um período de desenvolvimento humano no qual a aprendizagem vivenciada é necessária à vida adulta. É nesta fase que as funções psicológicas e pedagógicas são iniciadas, exercidas e desenvolvidas. São nos exercícios titulados de brincadeiras, entre outras atividades, que o desenvolvimento da criança acontece.
O ato de brincar é algo natural e essas brincadeiras aparecem logo nos primeiros anos de vida. O brincar representa uma expressão simbólica das angústias da criança, um medidor dos conflitos e é a via de acesso às fantasias psíquicas. Ou seja, é pelo brincar que a criança desenvolve sua capacidade de simbolização favorecendo assim suas possibilidades humanas.
Gestos como pegar objetos com as mãos, ou bater sobre a mesa, fazem parte dos primeiros passos do ciclo de estruturação física. As brincadeiras surgem e visam desenvolver habilidades de raciocínio e reflexos. Em um estágio seguinte, quando já está inserida no convívio social, a criança tem noção de como é estar em um contexto permeado por regras. Serve mais para que a mesma tenha a idéia de como se adaptar às mais variadas situações.
Na era da tecnologia a qual vivemos, é muito forte o apelo dos jogos eletrônicos. Apesar disso, brincadeiras tradicionais e de importante relevância pedagógica vêm sendo resgatadas graças aos esforços de educadores e psicólogos.
Neste sentido, a Companhia de Artes VagaLume, Através do núcleo de Teatro pirilimpimpim, procura desempenhar seu papel social, lembrando que o artista é um formador de opinião em sua sociedade, e por esta razão reconhece sua responsabilidade e por isso mesmo procura trazer trabalhos com conteúdo direcionado a uma melhor formação educacional, intelectual, moral e social do sujeito.
Portanto, em relação ao nosso propósito, o brincar de uma criança é algo muito sério. Através das brincadeiras, a criança vivencia seu mundo de fantasias, de forma ativa e real. Algo que vai muito além dos sonhos, pois é com olhos abertos e voltados para as realizações no futuro.

Porque introduzir valores morais as fábulas?



As narrativas das fábulas oferecem um manancial riquíssimo para aplacar nossa sede de encontrar o ponto de coexistência das tensões polarizadas e opostas da personalidade. Muitos são os valores que podem ser trabalhados através das narrativas fantasiosas, como: amor, caridade, prudência, justiça, honestidade, paciência, respeito, responsabilidade, fortaleza, temperança, etc.
Até hoje esse gênero narrativo existe e por ser curto, tem o poder de prender a atenção, de entreter e deixar uma mensagem e um ensinamento. Podemos mergulhar no mundo das fábulas e retirarmos dela subsídios virtuosos, resgatando valores para que a educação seja realmente a arte de conhecer, cuidar, criar, e se desenvol­ver. Eis aí o  porque de trabalharmos certos valores através das fábulas: são curtas, diretas e nos ajudam a caminhar rumo ao nosso progresso moral e social.

Justificativa

As fábulas tratam de virtudes e comportamentos humanos que vem sendo estudados e expostos através de suas narrativas curtas e diretas, por diversos escritores, filósofos e artistas a milênios de anos. Neste sentido, a fábula A cigarra e a formiga, de La Fontaine, trás em seu conteúdo uma profunda reflexão de valores e virtudes morais que permeiam a existência humana. Por esta razão, o diretor Luiz Carlos Félix resolveu adaptá-la para o teatro.
Ao reconhecer um sincero desejo em fazer um trabalho direcionado ao desenvolvimento infantil, a Companhia de Artes VagaLume, com o núcleo de Teatro Pirilimpimpim, vem desenvolvendo seu trabalho teatral, artístico, filosófico e pedagógico com responsabilidade e seriedade, procurando estimular e enriquecer o intelecto e suas capacidades interiores como a imaginação, a percepção, a criatividade e o senso crítico desde o início dos trabalhos da Cia.
 Assim, por saber que a infância é um período no qual a aprendizagem vivenciada é necessária à vida adulta, e sucessivamente para que se promova o desenvolvimento humano, este projeto tem como objetivo comum, desempenhar através deste trabalho um discurso filosófico, ético, artístico, lúdico e cultural, com disposições diretas e indiretas, situados de forma subliminar e quase inconsciente, mas também consciente, visível e palpável em relação aos valores e virtudes encontrados nesta pequena narrativa. Neste sentido há uma atenção em atender os anseios de uma geração que se mostra adepta à paz e ao amor. A humanidade cumpriu, até os dias de hoje, incontáveis progressos, em que o homem pela sua inteligência chegou a resultados que não atingiu jamais em relação às ciências, às artes e ao bem estar-material.

Creio que não é somente o desenvolvimento da inteligência que é preciso ao homem, mas também a elevação do sentimento, e para isso, é necessário destruir tudo o que poderia super excitar o egoísmo e o orgulho.
Luiz Carlos Félix

Desta forma a Companhia de Artes VagaLume através do núcleo de Teatro Pirilimpimpim, se sente estimulada à realizar um trabalho sério onde há uma atenção a respeito do conteúdo direcionado ao público infantil no qual este projeto é destinado. Espera-se que este trabalho possa elucidar o pensamento e provocar através do conteúdo exposto neste espetáculo, novos estímulos aos pequenos que entrarem em contato  com esta filosofia e obra de arte em forma de espetáculo Teatral.
Desejamos que com as informações reunidas neste trabalho possamos contribuir para o desenvolvimento moral, ético, cultural e social ao qual este projeto é direcionado. A expectativa é que os valores e virtudes descritos ao longo desta fábula transformada em peça de Teatro, sejam assimilados em sua essência e que possam despertar a inteligência emocional ampliando os horizontes e assim enriquecer a experiência de seu público, dando-lhes novas possibilidades de desenvolver suas habilidades, sua perseverança, sua prudência, sua energia, potencializando suas forças criativas para que o sujeito visto como indivíduo pensante,  possa seguir seu destino e seu propósito de vida de forma saudável e feliz.

Sobre os Autores


Não dá para trazer o universo das fábulas ao público sem antes falar do seu criador e dos diversos escritores que surgiram posteriormente na história e as rees­creveram.



Esopo

Fabulista grego que viveu no ano de 620 a.C. e tornou-se uma lenda. A história deste autor é muito questionada pelos pesquisadores. Esopo não deixou nada escrito, suas fábulas faziam parte da tradição oral de vários locais. Muito de sua história mistura-se a rumores, dessa forma não se sabe com exatidão o que ele escreveu, se ele realmente existiu ou se foi um pseudônimo usado por vários autores. Também não se sabe ao certo onde nasceu. Alguns pesquisadores acreditam que foi em Sardes,  outros dizem que foi em Atenas, porém o mais provável é que tenha nascido em Fri­gia, na Grécia.
Adaptou para o comportamento dos animais características e comportamentos que observava no homem, pois, assim seria mais fácil aceitarem suas observações. Por meio de suas fábulas ele refletia sobre o comportamento humano. Foram atribuídas a Esopo a autoria de 400 fábulas recontadas por vários escritores até os dias de hoje.



La Fontaine

Jean de La Fontaine nasceu na França e viveu entre 1621 e1695, até os 74 anos. O escritor se baseou e adaptou diversas fábulas de Esopo, e foi um dos grandes responsáveis por popularizar suas fábulas no mundo Ocidental.
Sua grande obra, Fábulas, foi escrita em três partes e seguiu o estilo do autor grego Esopo, no qual disfarçava características humanas, como a vaidade, estupidez e agressividade humana, para os animais. Sobre as fábulas ele disse: Sirvo-me de animais para instruir os homens. Procuro tornar o vício ridículo por não poder atacá-lo com braços de Hércules. Algumas vezes oponho, através de uma dupla imagem, o vício à virtude, a tolice ao bom senso... Uma moral nua provoca tédio. O conto faz passar com ele; nessa espécie de fingimento é preciso instruir e agradar, pois contar por contar, me parece de pouca monta.
Nos países de língua Francesa é comum encontrar escolas que incluíram no seu cro­nograma curricular, o estudo obrigatório da fábula A cigarra e a Formiga.


Monteiro Lobato

Este autor brasileiro também reescreveu algumas fábulas de Esopo e de La Fon­taine. Para Lobato as crianças não devem ser submetidas à moralidade de forma crua e direta, a moral mantém-se no inconsciente das crianças.
Em suas fábulas, Monteiro Lobato cria discussões entre os adultos e as crianças, dando voz aos pequenos, que expõem suas opiniões acerca de temas com relevância política, social, econômica, cultural, entre outros. Além de apontar erros às crianças para torná-los passíveis de correção, nas fábulas de Lobato é visível uma moral de situação, alterando a visão tradicional de valores.
Na fábula A Cigarra e a Formiga de La Fontaine, um modelo capitalista é revelado, no qual a produção é bastante relevante ao considerar que a formiga é superior a cigarra tendo em vista o trabalho. Mas na adaptação de Lobato a cigarra não é mostrada de modo depreciativo e merece reconhecimento da formiga por considerar que o canto da cigarra foi benéfico ao formigueiro enquanto todos trabalhavam.
No Sítio do Picapau Amarelo, Monteiro Lobato provoca discussões sobre a narrativa da fábula como círculo de personagens que povoam a história. Dona Benta que narra às fábulas, representa a voz da tradição, a opinião ponderada e refletida das pessoas já vividas. Tia Nastácia representa a sabedoria popular e também se mostra inclinada a aceitar a moral das fábulas. Pedrinho e Narizinho se mostram com espírito irrequieto de crianças curiosas e dispostas a aprender, enquanto a irreverente Emilia tenta, a cada momento, contestar a lição de moral que a fábula encerra.
Talvez Monteiro Lobato tenha levado ao pé da letra o que disse LaFontaine: A fábula é uma pintura em  que podemos encontrar nosso próprio retrato.
Sinopse


A história foi inspirada na fábula de La Fontaine.
Ilustração: Fabianna Strumiello
Havia uma jovem Cigarra que tinha o costume de cantar próximo a um formigueiro. Só parava quando se cansava. Seu maior divertimento era observar as formigas trabalharem na eterna faina de abastecer suas casas com alimentos para os tempos difíceis.
O bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Era o inverno que se apro­ximava. Todos os animais da floresta, arrepiados de frio, foram para suas casas e passavam o dia inteiro cochilando em suas tocas. A pobre cigarra, por não ter traba­lhado na primavera e no verão, ficou sem abrigo em seu galhinho seco, e ao se ver em grandes apuros, resolveu pedir socorro a alguém.
Mancando e arrastando suas asas de tanta fome e frio, se dirigiu até o formigueiro para pedir ajuda. Bateu na porta: tique,tique,tique... Então, apareceu uma formiga friorenta em­brulhada num xalinho de paina: _ O que você quer? – perguntou examinando a triste cigarra que mais parecia uma mendiga suja de lama e a tossir.
A Cigarra respondeu: _Venho à procura de comida e de agasalho. O mau tempo não cessa e eu estou com muito frio, precisando de ajuda. Será que você poderia me socorrer senhora Formiga? – perguntou a Cigarra.
A Formiga olhou-a de alto a baixo e disse: _ O que você ficou fazendo durante o bom tempo que passou que não construiu sua própria casa com fartura em alimentos para atravessar o mau tempo do inverno?
A pobre Cigarra tremendo de frio, respondeu depois de um acesso de tosse. – Eu fiquei cantando, cantando e apenas me divertindo por aí... Você bem sabe senhora Formiga.
_ Ah!...Exclamou a Formiga recordando-se. Era você então que cantava nesta árvore enquanto nós labutávamos o dia inteiro para encher nossas casas de alimentos e alimentar a nossa família?
_Isso mesmo , era eu... – respondeu a triste Cigarra, trêmula de tanto frio. Sei que falhei, que em nada trabalhei, que em todo o meu tempo apenas cantei... Mas aprendi uma lição, que o trabalho é uma precisão e que isso não deixarei acontecer mais não!
_ Pois que assim seja. Respondeu a formiga, _ Entre minha amiguinha! Nunca, em nenhum momento esquecemos as boas horas que sua cantoria nos proporcionou.
Aquele chiado nos distraía e nos aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: _ Que felicidade termos como vizinha tão gentil cantora! Entre amiga, que aqui terá casa e mesa du­rante todo o mau tempo.
A Cigarra entrou, foi alimentada e agasalhada pela amiguinha formiga. Sarou da tosse e quando o inverno passou, voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.
A fábula mundialmente famosa A Cigarra e a Formiga ganha, assim, um final afina­do com os anseios pacificadores em que as personagens se entendem e continuam com suas vidas em harmonia com a outra. Uma história que ecoa a idéia da cultura de Paz, a qual já é amplamente disseminada nas artes e nos mais variados meios do conhecimento.